Registos quase magnéticos sobre quase tudo, sem se dizer rigorosamente nada.
Nota: para todos aqueles que não comentem os posts, a tortura é serem obrigados a adquirir o livro "Desconstrutor de Neblinas", de Domingos Lobo, autografado pelo próprio.

sábado, 31 de março de 2007

RAPIDINHA NO BOLSO

Mais abaixo no “Amizade de Bolso”, um terceiro comentário merece, e passe o pleonasmo, ser comentado.

Cara Telma, de facto, e é cada vez mais a sensação que tenho, tirar uma licenciatura é fácil, nem por vezes rápido, mas até certo ponto, possível para os filhos cujos pais tenham bolsas semi-recheadas (até o Engenheiro Sócrates tem uma... o homem sempre é engenheiro não é?). Tirar uma licenciatura é para muitos o culminar da maior “moinice” possível, de bebedeira e paródia, para que, durante os vários anos que por lá habitam a tirar lugar a outros, não estejam a trabalhar, coisa que é bem mais durinha.
O canudo, cara Telma, não é sinónimo de inteligência e em muitos casos (é desta que me prendem), é apenas para cumprir com o desejo dos pais, pois os cursos são como os chapéus, há muitos! Ora, por exemplo um destes novos: Comunicação Cultural. Sim, pois caso não saiba, saem das universidades todos os anos, anjinhos com esta inenarrável licenciatura. Isto serve para quê? É que a cultura, como se sabe, não abunda. A comunicação, no seu sentido mais lato, pertence aos jornalistas e de alguma forma aos autores de vários tipos de obras. Então, que raio de lugar tem um licenciado em Comunicação Cultural na sociedade e no mundo do trabalho? Como é a sua “graça académica”? Alguém que tem uma licenciatura em Jornalismo, é Jornalista. Alguém que tenha uma qualquer licenciatura em Engenharia, como a caríssima, é Engenheiro(a); e por aí fora. Mas quem tem um licenciatura em Comunicação Cultural é o quê? Não sei, talvez devido às minhas limitações. No entanto resta-me dizer; pois esta rapidinha já se está a tornar longa; que cursos destes que não levam ninguém a lado nenhum, são infelizmente cada vez mais e agora qualquer um pode ser Dr. (por extenso tem que tirar o Doutoramento e ter média de 16) num prazo de 3 anos com o escandaloso, na minha humilde visão, Processo de Bolonha...
Tirar uma licenciatura é fácil, basta marrar, decorar e fazer cábulas. Ser inteligente, já não é para todos; digo eu; pois tal como a caríssima bem disse, há que cultivar o intelecto e estudar todos os dias um bocadinho e isso dá trabalho mental; chatice! Pensar custa muito a muita gente e é mais fácil adquirir o que já está pensado por outros para nós. Lutemos contra a incultura que muitos desejam, e o ar por este país ficaria mais respirável.

Bom fim de semana a todos. Voltaremos implacáveis na segunda-feira.

Pedro (o futuro anfitrião de uma noitada cultural e pedagógica)

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