
JMF é dos que têm faro para a coisa, ou seja, sabe de que lado é que o pão tem a manteiga. E lambuza-se! Ninguém acredita num escriba que, servidor atento e agradecido do patrão Belmiro (ainda se lembram dos editoriais sabujos que este cavalheiro debitou sobre a OPA da PT?) vem incensar o “botas” de Santa Comba Dão?
Isto não pode ser, e não é, verdade. JMF disfarça a sua costela de facho (só a costela?) tal como disfarçava o seu anticomunismo primário, nos tempos em que era um jovem cão de fila do MRPP.
JMF esquece um dado essencial: nós andamos por cá há muito tempo, conhecemos os peralvilhos da sua espécie e sabemos muito bem de que lado o escriba do capital mais rançoso deste país (e não é pelo Belmiro ser o rei dos merceeiros que o ranço aqui se inclui) está!
Incensar Salazar é um disfarce para poder bater à vontade na dignidade que Álvaro Cunhal representa. Método velho e com barbas.
Agora que Álvaro Cunhal foi um dos portugueses mais dignos, corajosos e honestos (pouca coisa, a honestidade, não é JMF?) do século XX português e que tentou com a sua luta, fazer deste país um espaço asseado (sem JMF, naturalmente) uma pátria onde pudéssemos “sentar a honra à mesa”, disso não temos dúvidas!
Mário Soares, então e a CIA e Carlucci, não contam? Ó homem, nós sabemos que o seu herói é o Bush, mas às vezes convém não abusar tanto. Onde é que você andou estes anos todos, em que estrumeira, política e cultural, habita?
(texto relacionado com o editorial de José Manuel Fernandes na edição de 27 de Março de 07 no jornal Público)
José
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