Registos quase magnéticos sobre quase tudo, sem se dizer rigorosamente nada.
Nota: para todos aqueles que não comentem os posts, a tortura é serem obrigados a adquirir o livro "Desconstrutor de Neblinas", de Domingos Lobo, autografado pelo próprio.

terça-feira, 27 de março de 2007

ESTRUMEIRA DE BOLSO

José Manuel Fernandes, que no tempo do PREC andava pelas extremas (esquerda? direita?) cedo se converteu encostado ao patrão Belmiro, às delícias do capitalismo rapace e ultramontano. Feitios!
JMF é dos que têm faro para a coisa, ou seja, sabe de que lado é que o pão tem a manteiga. E lambuza-se! Ninguém acredita num escriba que, servidor atento e agradecido do patrão Belmiro (ainda se lembram dos editoriais sabujos que este cavalheiro debitou sobre a OPA da PT?) vem incensar o “botas” de Santa Comba Dão?
Isto não pode ser, e não é, verdade. JMF disfarça a sua costela de facho (só a costela?) tal como disfarçava o seu anticomunismo primário, nos tempos em que era um jovem cão de fila do MRPP.
JMF esquece um dado essencial: nós andamos por cá há muito tempo, conhecemos os peralvilhos da sua espécie e sabemos muito bem de que lado o escriba do capital mais rançoso deste país (e não é pelo Belmiro ser o rei dos merceeiros que o ranço aqui se inclui) está!
Incensar Salazar é um disfarce para poder bater à vontade na dignidade que Álvaro Cunhal representa. Método velho e com barbas.
Agora que Álvaro Cunhal foi um dos portugueses mais dignos, corajosos e honestos (pouca coisa, a honestidade, não é JMF?) do século XX português e que tentou com a sua luta, fazer deste país um espaço asseado (sem JMF, naturalmente) uma pátria onde pudéssemos “sentar a honra à mesa”, disso não temos dúvidas!
Mário Soares, então e a CIA e Carlucci, não contam? Ó homem, nós sabemos que o seu herói é o Bush, mas às vezes convém não abusar tanto. Onde é que você andou estes anos todos, em que estrumeira, política e cultural, habita?

(texto relacionado com o editorial de José Manuel Fernandes na edição de 27 de Março de 07 no jornal Público)

José

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