
DE CARLOS COUTINHO
Na extensa lista de títulos que têm a Guerra Colonial como objecto ficcional (cerca de 200 títulos publicados), alguns existem que merecem a nossa atenção mais demorada, quer pela forma como relatam os acontecimentos (vividos, em grande parte pelos próprios autores), quer pela qualidade literária das obras.
Está neste caso um livro raro, de uma amargura cálida, escrito com linguagem mordaz e certeira, esboroada e ágil, a contar-nos o fundo amargo do conflito que durante treze anos e ao longo de duas gerações, foi consumindo o melhor e o mais generoso da juventude portuguesa, obrigada a combater uma guerra absurda e sem saída.
“O que agora me inquieta” de Carlos Coutinho (livros Horizonte), é um desses livros, infelizmente esquecido na panóplia de literatura de duvidosa extracção que enxameia os escaparates das nossas livrarias e parece fazer as delícias dos nossos editores.
Carlos Coutinho, de quem não conhecemos nenhum título recente, foi jornalista e é actualmente Vereador na Câmara Municipal de Vila Franca de Xira. O seu livro “O que agora me inquieta”, merece (re)descoberta urgente.
José
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