Registos quase magnéticos sobre quase tudo, sem se dizer rigorosamente nada.
Nota: para todos aqueles que não comentem os posts, a tortura é serem obrigados a adquirir o livro "Desconstrutor de Neblinas", de Domingos Lobo, autografado pelo próprio.

terça-feira, 28 de agosto de 2007

BOLSO TINGIDO

Surto de gripe das aves com fim à vista?

A saída de Fernando Santos do comando técnico do Benfica foi um momento de júbilo para sócios e simpatizantes do clube. O chamado engenheiro do penta, mais não fez do que conduzir sofrivelmente o clube de coração de milhões de portugueses, numa época de altos e baixos; mais baixos que altos; onde só por duas vezes se conseguiu ver o glorioso jogar futebol de qualidade – no jogo de apresentação aos sócios em Agosto do ano passado e no jogo com o Boavista no estádio da Luz.
Um losângulo invertido com dois médios defensivos onde um deambulava ora pela direita, ora pela esquerda, uma equipa acanhada que não procurava os espaços e só corria, pouco, quando tinha a bola nos pés. Uma equipa que nunca se estendeu no terreno, que nunca jogou pelas alas, apesar do mago Simão ser um dos melhores do mundo a jogar nesse sistema de ataque. Um fraco Benfica, que durante um ano nunca se assumiu como colectivo/equipa, pois o comandante da nau mais não sabia para bolinar. Havia que perceber quais os jogadores à disposição para depois tentar formar uma equipa. Fernando Santos nunca o conseguiu e, teimosamente, bateu sempre na mesma tecla, o que acabou por lhe ser “fatal”.
Tudo o resto pode não estar certo, que não está, mas a saída de Santos já veio tarde.
Com Camacho; que não faz milagres; o Benfica vai certamente assumir-se como equipa de ataque e, seguindo os que julgam perceber muito de futebol, irá jogar um futebol mais apelativo e espectacular. O balneário das águias terá mais saúde, uma maior consistência e cumplicidade, pois nisso Camacho ganha aos pontos a Santos. O factor psicológico dos jogadores é de grande importância para a fluência do futebol à flor da relva e nisso, Camacho “sabe da poda”.

Pedro

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