
Os acidentes nas estradas portuguesas, que muitas vezes acontecem em zonas sem qualquer perigo e com condições de circulação ideais, sucedem-se e vão fazendo vítimas, umas mortais, outras que ficam com mazelas graves para toda a vida. Fazem-se cada vez mais operações stop para detecção de álcool e drogas nos condutores, bem como para controlar a velocidade, mas apesar do grande número de contra-ordenações, a maior parte cumpre as leis.
Continuam a escrever-se artigos inflamados sobre a mortalidade rodoviária e o Governo anuncia “mão ainda mais pesada” sobre qualquer uma destas infracções. Mas mantém-se, preguiçosamente, que os acidentes resultam do factor velocidade e do factor álcool/estupefacientes. Preguiçosamente, ainda ninguém considerou a hipótese de que, talvez, os acidentes nas estadas portuguesas se devam a duas causas bastante comuns: a inépcia e a falta crónica de civismo.
Tirar a carta, mesmo que seja à oitava tentativa no código e à terceira na condução, é muito fácil. Mas apesar de se superar, com mais ou menos brio, os exames de condução, nem toda a gente está habilitada a conduzir um carro, até porque estacionar de marcha atrás e não ultrapassar o limite de velocidade nas localidades não prepara ninguém para se sentar conscientemente ao volante de um carro. E isto é de facto uma evidência, mas que é terminantemente recusada, justificando-se o grande número de sinistros nas estradas portuguesas sempre com causas externas, e quando não as há, remete-se invariavelmente para o excesso de velocidade.
Como a má condução e a falta de civismo não constituem infracções, os acidentes sucedem-se e as vítimas aumentam. E quando o causador do acidente se “safa” com pequenas escoriações, mas a sua manobra insensata mata um e deixa outro de cadeira de rodas para o resto da vida, o que é que lhe acontece; nada!
As estradas portuguesas estão cheias de condutores que causaram acidentes e mortes por inépcia ou falta de civismo e que continuam tranquilamente a conduzir. Talvez fosse importante repensar alguns aspectos do código da estrada, para que não se tire a carta a quem estacionou em cima do passeio ou foi apanhado a 160 km hora numa auto-estrada deserta; para que não se continue a deixar conduzir quem já provocou acidentes com mortos e feridos, sem contudo ter cometido nenhuma infracção. Talvez o primeiro passo fosse retirar das estradas os condutores perigosos e sem perfil psicológico para estarem ao volante, em vez da caça à multa, que tanto dinheiro dá à polícia e ao Ministério das Finanças.
Continuam a escrever-se artigos inflamados sobre a mortalidade rodoviária e o Governo anuncia “mão ainda mais pesada” sobre qualquer uma destas infracções. Mas mantém-se, preguiçosamente, que os acidentes resultam do factor velocidade e do factor álcool/estupefacientes. Preguiçosamente, ainda ninguém considerou a hipótese de que, talvez, os acidentes nas estadas portuguesas se devam a duas causas bastante comuns: a inépcia e a falta crónica de civismo.
Tirar a carta, mesmo que seja à oitava tentativa no código e à terceira na condução, é muito fácil. Mas apesar de se superar, com mais ou menos brio, os exames de condução, nem toda a gente está habilitada a conduzir um carro, até porque estacionar de marcha atrás e não ultrapassar o limite de velocidade nas localidades não prepara ninguém para se sentar conscientemente ao volante de um carro. E isto é de facto uma evidência, mas que é terminantemente recusada, justificando-se o grande número de sinistros nas estradas portuguesas sempre com causas externas, e quando não as há, remete-se invariavelmente para o excesso de velocidade.
Como a má condução e a falta de civismo não constituem infracções, os acidentes sucedem-se e as vítimas aumentam. E quando o causador do acidente se “safa” com pequenas escoriações, mas a sua manobra insensata mata um e deixa outro de cadeira de rodas para o resto da vida, o que é que lhe acontece; nada!
As estradas portuguesas estão cheias de condutores que causaram acidentes e mortes por inépcia ou falta de civismo e que continuam tranquilamente a conduzir. Talvez fosse importante repensar alguns aspectos do código da estrada, para que não se tire a carta a quem estacionou em cima do passeio ou foi apanhado a 160 km hora numa auto-estrada deserta; para que não se continue a deixar conduzir quem já provocou acidentes com mortos e feridos, sem contudo ter cometido nenhuma infracção. Talvez o primeiro passo fosse retirar das estradas os condutores perigosos e sem perfil psicológico para estarem ao volante, em vez da caça à multa, que tanto dinheiro dá à polícia e ao Ministério das Finanças.
Pedro
1 comentário:
Acho que há uma outra causa de acidentes que é muito negligenciada: a distracção.
A DGT de Espanha estima que 37 % dos acidentes naquele país resltem de distracções ao volante.
Aproveito para o convidar a visitar o meu blog
http://radares50-80.blogspot.com/
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